Domingo, Setembro 29, 2024
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Atentado contra Trump foi ‘a maior falha operacional do Serviço Secreto em décadas’, diz diretora da agência

A diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, admitiu nesta segunda-feira que a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump durante um comício em Butler, na Pensilvânia, foi “a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas”. A declaração foi feita durante seu depoimento ao Comitê de Supervisão da Câmara, que está analisando o caso no âmbito legislativo.

— Pensar no que deveríamos ter feito diferente nunca sai dos meus pensamentos — disse ela, afirmando que “moveria céus e terra” para garantir que um evento semelhante nunca mais aconteça e expressando condolências às vítimas.

A diretora, no entanto, se esquivou de alguns questionamentos mais técnicos, como por que não havia nenhum agente no telhado onde estava o atirador, que usou um fuzil semiautomático AR-15, e se o local estava ou não no perímetro de monitoramento da agência. Na semana passada, ela disse que havia três agentes da polícia local no prédio, mas a informação foi rebatida pelas demais forças de segurança que patrulhavam o comício.

— Ainda estamos analisando o processo de avanço e as decisões que foram tomadas — respondeu Cheatle. — O prédio estava fora do perímetro no dia da visita, mas, mais uma vez, essa é uma das coisas que, durante a investigação, queremos examinar.

Cheatle enfatizou a rápida ação dos agentes do Serviço Secreto para proteger Trump assim que os disparos foram ouvidos:

— Estou mais do que orgulhosa das ações tomadas pela equipe do ex-presidente, pela equipe de contra-atiradores que neutralizou o atirador e pela equipe tática que deu cobertura durante a evacuação — disse ela.

Cheatle também foi questionado sobre por que Trump foi autorizado a subir no palco apesar do alerta feito às autoridades de que havia uma pessoa “suspeita” na multidão. Segundo ela, há uma diferença entre “suspeita” e “ameaça”.

— Se o destacamento tivesse recebido a informação de que havia uma ameaça, ele jamais teria levado o ex-presidente ao palco — disse ela. — Há várias ocasiões em eventos de proteção em que pessoas suspeitas são identificadas, e esses indivíduos precisam ser investigados [para determinar se representam uma ameaça real].

Outra controvérsia que foi alvo de questionamentos foi se Trump havia recebido toda a segurança solicitada. Neste domingo, a agência admitiu pela primeira vez — voltando atrás em declarações anteriores — que rejeitou pedidos do magnata por mais agentes nos últimos dois anos. Dois dias após o atentado, Alejandro N. Mayorkas, secretário do Departamento de Segurança Interna que supervisiona o Serviço Secreto, disse que a acusação era “infundada e irresponsável, e é inequivocamente falsa”.

GLOBO

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