Um técnico de enfermagem foi indiciado por suspeita de dopar uma paciente para roubar o celular do quarto dela em um hospital de Toledo, no oeste do Paraná.
Segundo a polícia, Silas a dopou aplicando um “líquido branco” na veia antes de roubar o celular. A defesa do homem alega que o relatório policial “conclui de forma precipitada, sensacionalista e especulativa” a suspeita.
Além de Silas, outras duas mulheres foram indiciadas por receptação nesta sexta-feira, 16. “Foi constatado que se tratava de um funcionário do hospital e que ele entrou e saiu do quarto por três vezes”, explica o delegado da Polícia Civil, Rodrigo Batista. A acompanhante estava no refeitório no momento do roubo. O caso aconteceu no Hospital Bom Jesus.
Esposa do técnico vendeu o celular por uma rede social, segundo a polícia. A venda foi feita pelo perfil da mulher de Silas, que dizia que o celular usado era da mãe, que “não se acostumou” com o modelo. A compradora também vai responder criminalmente.
Polícia conseguiu localizar a compradora, que vai responder por receptação. O aparelho foi recuperado e devolvido à vítima.
Em nota o Hospital Bom Jesus informou que ouviu o relato da acompanhante e a orientou a realizar o Boletim de Ocorrência, junto à Polícia Civil.
O hospital informou ainda que recentemente a polícia solicitou as imagens de câmeras de segurança, bem como a identificação de quem teria mantido contato com a paciente, no período que a pessoa deu falta do aparelho celular.
A instituição informou ainda que tomou todas as medidas para o desligamento do funcionário da instituição.
Até o ano passado, Silas morava em Vilhena, onde trabalhou no Instituto do Rim. A reportagem constatou uma denúncia contra ele registrada na Polícia Civil em 2023. O profissional de saúde foi acusado de estelionato, ao vender duas vezes a própria casa e não entregar o imóvel.
Segundo rumores na época, o técnico de enfermagem de 30 anos perdia dinheiro em jogos eletrônicos e tinha dificuldades para deixar a prática, que o fazia gastar altas somas em Dinheiro.
A reportagem ligou para Silas e explicou que gostaria de ouvir a versão dele tanto em relação do furto da idosa no hospital paranaense, quanto sobre a denúncia de estelionato em Vilhena, onde ainda residem alguns de seus familiares.
O “enfermeiro” disse que seu advogado daria explicações, mas desde ontem, mesmo tendo visualizado as mensagens enviadas por este site, o profissional do Direito não respondeu.
Folha do Sul